quinta-feira, 19 de julho de 2012

Joaquim Ferreira

       Cadeira Nº 04 - Imortal: Dagoberto Diniz Souza
                     - Patrono: Joaquim Ferreira 

Joaquim Ferreira nasceu no dia 21 de novembro de 1912, em Várzea Alegre. Dona Adelaide foi a sua primeira professora. Aos 11 anos incompletos entrou para o Instituto São Luis, em Fortaleza, cuja direção era exercida pelo seu cunhado, o Dr. Francisco de Menezes Pimentel Júnior.  Foi no São Luis, no “Grêmio Literário Padre Tabosa”, que se revelaram seus acentuados prndores Literários para a imprensa e oratória. No jornalzinho do grêmio (“O Estímulo”) era um colaborador permanente. Em 1930 terminou o curso seriado no Colégio Estadual Liceu do Ceará. Era um apaixonado por leitura. Vargas Vila era a sua Bílblia. Publicou, com um colega, dois números de um de um jornal (“O Pasquim), suspenso logo no terceiro número com a interferência da polícia. Sem um jornal próprio passou a colaborar em dois matutinos de tendências antagônicas (“O Nordeste e “O Ceará”).

Tinha pretensão de ser farmacêutico. Começou os estudos de Direto, mas nunca concluiu. Com a ajuda de um amigo – o Dr. Campos – entrou para o jornal “A Batalha”. Foi, porém em “O Globo” - onde ingressou com a ajuda do alfaiate Pedro de Sousa – onde passou a se sentir, realmente em casa. Em 1942, como redator de “O Globo”, em cujas colunas mantinha seus comentários sobre o desenrolar da Segunda Guerra Mundial, recebeu da Embaixada Britânica um convite formulado pelo Press Club, de Londres, para uma visita aos países aliados. Após uma entrevista relâmpago na BBC (Britsh Broadcasting Corporation, recebeu proposta para um contrato de comentarista. Tornou-se, então, comentarista da BBC de Londres. Embarcou para a Inglaterra em um navio altamente cobiçado pelos nazistas. Foi uma viagem de 45 dias temerosos.

Em Londres, sempre como correspondente de “O Globo”, Joaquim Ferreira teve a seu cargo a publicação do boletim do Brazilian Trade Bureau, um dos mais eficientes meios de difusão do Brasil.

Em 1948 uniu-se, em Londres, com Leda Pitanga Callado, irmã do romancista Antonio C. Callado. Motivos de saúde obrigaram Dona Leda, desde que engravidou, a vir para o Brasil, tendo seu filho (Guilherme Antonio), nascido na maternidade de Maranguape, em 18 de janeiro de 1949. Guilherme é economista e um retrato fiel do pai.

Joaquim Ferreira esteve de férias no Brasil, de dezembro de 1970 até abril de 1971. Ao voltar à Inglaterra, pouco tempo depois, teve que ser internado em um hospital. Com a evolução da sua enfermidade manifestou o desejo de voltar para o Brasil. Seu irmão, o médico José Ferreira foi buscá-lo.Chegando no Brasil ainda resistiu por 34 dias, vindo a falecer no dia 04 de outubro de 1971, em sua casa , em Olinda.  Seu corpo foi sepultado no jazigo da família, aqui em Várzea Alegre.

           
A praça jornalista Joaquim Ferreira, também conhecida como praça dos Cunés, foi construída em 1971, na administração do prefeito Antonio Diniz. A Praça, na administração do prefeito Zé Helder, passou por uma ampla reforma, recebendo uma fonte luminosa.

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