Cadeira Nº 04 - Imortal: Dagoberto Diniz Souza
- Patrono: Joaquim Ferreira
Joaquim
Ferreira nasceu no dia 21 de novembro de 1912, em Várzea Alegre. Dona Adelaide
foi a sua primeira professora. Aos 11 anos incompletos entrou para o Instituto
São Luis, em Fortaleza, cuja direção era exercida pelo seu cunhado, o Dr.
Francisco de Menezes Pimentel Júnior.
Foi no São Luis, no “Grêmio Literário Padre Tabosa”, que se revelaram
seus acentuados prndores Literários para a imprensa e oratória. No jornalzinho
do grêmio (“O Estímulo”) era um colaborador permanente. Em 1930 terminou o
curso seriado no Colégio Estadual Liceu do Ceará. Era um apaixonado por
leitura. Vargas Vila era a sua Bílblia. Publicou, com um colega, dois números
de um de um jornal (“O Pasquim), suspenso logo no terceiro número com a
interferência da polícia. Sem um jornal próprio passou a colaborar em dois
matutinos de tendências antagônicas (“O Nordeste e “O Ceará”).
Tinha
pretensão de ser farmacêutico. Começou os estudos de Direto, mas nunca
concluiu. Com a ajuda de um amigo – o Dr. Campos – entrou para o jornal “A
Batalha”. Foi, porém em “O Globo” - onde ingressou com a ajuda do alfaiate
Pedro de Sousa – onde passou a se sentir, realmente em casa. Em 1942, como
redator de “O Globo”, em cujas colunas mantinha seus comentários sobre o
desenrolar da Segunda Guerra Mundial, recebeu da Embaixada Britânica um convite
formulado pelo Press Club, de Londres, para uma visita aos países aliados. Após
uma entrevista relâmpago na BBC (Britsh Broadcasting Corporation, recebeu
proposta para um contrato de comentarista. Tornou-se, então, comentarista da
BBC de Londres. Embarcou para a Inglaterra em um navio altamente cobiçado pelos
nazistas. Foi uma viagem de 45 dias temerosos.
Em
Londres, sempre como correspondente de “O Globo”, Joaquim Ferreira teve a seu
cargo a publicação do boletim do Brazilian Trade Bureau, um dos mais eficientes
meios de difusão do Brasil.
Em
1948 uniu-se, em Londres, com Leda Pitanga Callado, irmã do romancista Antonio
C. Callado. Motivos de saúde obrigaram Dona Leda, desde que engravidou, a vir
para o Brasil, tendo seu filho (Guilherme Antonio), nascido na maternidade de
Maranguape, em 18 de janeiro de 1949. Guilherme é economista e um retrato fiel
do pai.
Joaquim
Ferreira esteve de férias no Brasil, de dezembro de 1970 até abril de 1971. Ao
voltar à Inglaterra, pouco tempo depois, teve que ser internado em um hospital.
Com a evolução da sua enfermidade manifestou o desejo de voltar para o Brasil.
Seu irmão, o médico José Ferreira foi buscá-lo.Chegando no Brasil ainda
resistiu por 34 dias, vindo a falecer no dia 04 de outubro de 1971, em sua casa
, em Olinda. Seu corpo foi sepultado no
jazigo da família, aqui em Várzea Alegre.
A praça jornalista Joaquim Ferreira, também conhecida como praça dos Cunés, foi construída em 1971, na administração do prefeito Antonio Diniz. A Praça, na administração do prefeito Zé Helder, passou por uma ampla reforma, recebendo uma fonte luminosa.
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