Pedro
Piau nasceu em Várzea
Alegre, no bairro Betânia, em 12 de julho de 1918, filho de
Joaquim José Vieira e de Maria Alves de Morais. Aos 6 anos, mudou-se para a Rua
José Correia Sobrinho, no exato local onde hoje funciona o Centro de
Abastecimento Josué Alves Diniz. Em 1927 passou a residir no sítio Vazante,
atualmente um populoso bairro da cidade, na rua que veio a receber o nome de
Iraci Bezerra de Morais, sua primeira esposa. No local residiu até o casamento.
Sua
infância foi igual à de qualquer garoto daquela época: brincar de cavalinhos de
pau, tomar banho nos riachos e poços em companhia de seus amigos, confeccionar
animais de barro, perseguir passarinhos armado de bodoque, tudo isso até os 7
anos. A partir daí, já tinha condições de desempenhar tarefas mais
simples, como pastorar passarinhos para não estragar as plantações, apartar
bezerros, carregar água, fazer compras, levar recados e outros serviços, até
torna-se adulto, quando passou a executar qualquer trabalho roceiro. Seus
estudos foram bem poucos, não tendo sequer chegado a concluir a 1ª Série
Primária, até que, já com 20 anos, deslocou-se para Fortaleza, matriculando-se
na Escola de Comércio da Fênix Caixeiral.
A
dificuldade de emprego e a precariedade de recursos, no entanto, forçaram-no a
retornar às lidas do campo em sua terra natal, no mesmo ano de 1938.
Em
1939, atendendo solicitação do Sr. Agostinho Duarte Bezerra, do sítio Rosário,
foi residir em sua casa, a fim de alfabetizar seus filhos e outros adolescentes
da vizinhança. Em maio de 1940 foi convidado por Otacílio Correia, então
Delegado Municipal do Serviço Nacional de Recenseamento, para concorrer ao
cargo de Agente Recenseador; na seleção realizada, foi o 1º colocado de 8
candidatos, obtendo nota máxima em todas as provas.
Em
agosto de 1941 foi procurado por José Alves Feitosa (seu Dudau), então Tabelião
do 1º Ofício local, para auxiliá-lo nos trabalhos, tendo sido nomeado por ato
do Dr. Vicente Bessa, então Juiz de Direito da Comarca de Lavras.
Em
agosto de 1949 transferiu-se para o 2º Cartório, que tinha então como titular
efetiva a Senhorita Ana Ferreira; ali continuou suas atividades até 1969,
quando solicitou sua aposentadoria.
Em
1970 passou a residir em Fortaleza, onde veio a perder sua esposa, em 10 de
novembro de 1974. Falecendo sua primeira mulher em 1974, permaneceu viúvo até
1988, quando veio a casar com Maria Socorro Lima, também natural de Várzea
Alegre, onde o casal reside. Já aposentado, trabalhou nove anos no Pronto
Socorro Dular, locadora de mão-de-obra pertencente ao conterrâneo José
Carvalho.
Em
parceria com Acelino Correia Leandro escreveu o livro Sete Gerações Após Papai
Raimundo, publicado em 1995. Dos seus 14 filhos com Dona Iraci, 3 faleceram em
idade prematura: Joaquim, Maria Socorro e Maria Inês. Além deles, faleceram
Luís Sérgio, aos 36 anos, deixando viúva Maria Clayre Menezes, sua conterrânea,
e João Morais em 1999. Os 9 ainda vivos, todos residentes em Fortaleza, são:
Raimundo
- Comerciante, casado com Fátima Costa, varzealegrense;
Rita
Maria - Formada em
Ciências Contábeis, funcionária do INSS, casada com Joemilton
Martins, varzealegrense;
Geralda
- Professora, formada em Comunicação, viúva de Haroldo Bezerra, Advogado que
residiu em Várzea Alegre;
Ozanan
- Formado em
Ciências Econômicas, Auditor Fiscal da Fazenda Estadual, casado
com Francisca Glória de Oliveira, natural da vizinha Mangabeira, distrito de
Lavras;
Joaquim
- Gerente de uma distribuidora da Brahma, casado com Sílvia Helena de Castro,
natural de Fortaleza;
Paulo
- Comerciante, casado com Luisa de Lourdes Mota, Assistente Social, natural de
Fortaleza;
Paula
- Comerciante, solteira;
Marcos
Antônio - Comerciário, casado com Fernanda Primo, varzealegrense;
Ricardo
César - Formado em Informática, funcionário do Banco do Nordeste do Brasil,
casado com Poliana, ambos estudantes do curso de Direito em Juazeiro do Norte,
onde residem.


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