A AVL – Academia Varzealegrense de Letras, homenageou
nesta quinta-feira, 14, com uma mesa redonda, promovida na Rádio
Cultura de Várzea Alegre – AM 670, no programa do apresentador Cláudio
Sousa, ao Padre Antônio Vieira, filho ilustre de Várzea Alegre que
nasceu em 14 de junho de 1919, na localidade rural de Lagoa dos órfãos,
distrito de Calabaça, e que faleceu em abril de 2003.
O corpo de Padre Vieira foi sepultado em
solo varzealegrenses em um túmulo na capela da localidade de Crsito Rei,
que foi construída por ele.
Participaram da mesa redonda os membros da Academia: Dagoberto Diniz – professor e presidente da AVL; Dr. Hélio Batista – professor, advogado e secretário de Cultura de Várzea Alegre; Bruno Siebra – professor e jornalista; Marciano – professor; Marcos Filho – radialista e empresário; e Maria Hélia – Professora e sobrinha do homenageado.
Nos debates foram destacados, desde a vida simples da família do Padre Vieira, filho de Vicente Vieira da Costa e Senhorinha Batista de Freitas, à sua ascensão. Mais tarde, ele viria a ser uma das personalidades mais capacitadas do país, tendo conseguido, entre outros feitos, se ordenar no sacerdócio, em 27 de dezembro de 1942, no Crato, Ceará; cursar administração de empresas, em 1964, na Universidade da Califórnia, em Los Angeles, nos Estados Unidos, com graduação em Economic and Social Research Planning; entre 1970 e 1974, cursar direito na Universidade do Rio de Janeiro, e também conquistar Licenciatura em Filosofia, Ciências e Letras.
Padre Vieira também foi deputado federal nos anos de 1960, quando teve o mandato cassado pelo famoso AI-5, peça funesta da era militar, assinada pelo governante General Artur da Costa e Silva.
Os debatedores também revelaram que o Padre Vieira era um irreverente. Constantemente inconformado com a situação social, especialmente do homem sertanejo, escreveu artigos em jornais de grande circulação evidenciando a realidade cruel dos fatos que envolvia a população menos favorecida. Para se livrar da perseguição do sistema, se escondia atrás de pseudônimos como “Beneditto Antônio Teixeira” e “Vulpiano Xerez”.
Segundo Dagoberto Diniz, uma das maiores expressões de capacidade do Padre Vieira, foi quando, ao prestar vestibular para o curso de direito, a sua redação foi escrita em grego, língua estrangeira da qual era professor.
Também nos anos de 1960, com a matança indiscriminada de jumentos para a venda da carne do animal para o exterior, o Padre Vieira, insatisfeito, enfrentou uma luta polêmica, e por tamanha defesa do animal, ficou conhecido como “o padre do jumento”.
Dr. Hélio Batista, entrou na vida particular do vigário, ao afirmar que o Padre Vieira gostava de uma boa cachaça e de conversar com pessoas simples. “Ele tinha como entrar no Congresso e nas cozinhas das residências da mesma forma” – disse.
A preocupação do jornalista Bruno Siebra e do radialista Marcos Filho é com a obra do Padre Antônio Vieira. Os livros escritos por ele não se encontram à venda. A sugestão apresentada é que possa ser criada uma forma de reeditar os livros do Padre Vieira.
Maria Hélia revelou que há escritos inéditos do Padre Vieira. Peças literárias ainda cruas, com a marca das máquinas de datilografar.
Marciano defendeu a obra do Padre Vieira como leitura obrigatória para a nova geração, já que se trata de uma verdadeira fonte de conhecimento.
O Museu
Várzea Alegre deve ao Padre Vieira um espaço para a conservação das suas obras e perpetuação da sua história.
Essa dívida só será quitada com a realização de um último desejo do padre, que era a construção do Museu Padre Vieira. Inclusive, já houve uma tentativa de estabelecer em Várzea Alegre o museu do Padre Vieira.
Tendo como entusiastas o secretário de Cultura do município, Dr. Hélio Batista, e o vice-prefeito da cidade, Tibúrcio Bezerra, uma casa chegou a ser alugada na rua central da cidade para receber o acervo do Padre Vieira. Mas, por desencontros de ordem econômica e interesses particulares, o fato não se concretizou.
O sonho do padre precisa ser realizado, até porque ele deixou condições para esse fim, uma vez que possuía uma propriedade em Messejana - Fortaleza, onde morava, para que, após a sua morte fosse vendida e o seu museu erguido.
Segundo informações, a casa deixada pelo padre está avaliada em mais de oitocentos mil reais, dinheiro suficiente para cumprir o objetivo de ativar o museu.
Enquanto o museu não chega, o acervo do Padre Vieira vive de favores, encostado em um canto de uma residência.
Participaram da mesa redonda os membros da Academia: Dagoberto Diniz – professor e presidente da AVL; Dr. Hélio Batista – professor, advogado e secretário de Cultura de Várzea Alegre; Bruno Siebra – professor e jornalista; Marciano – professor; Marcos Filho – radialista e empresário; e Maria Hélia – Professora e sobrinha do homenageado.
Nos debates foram destacados, desde a vida simples da família do Padre Vieira, filho de Vicente Vieira da Costa e Senhorinha Batista de Freitas, à sua ascensão. Mais tarde, ele viria a ser uma das personalidades mais capacitadas do país, tendo conseguido, entre outros feitos, se ordenar no sacerdócio, em 27 de dezembro de 1942, no Crato, Ceará; cursar administração de empresas, em 1964, na Universidade da Califórnia, em Los Angeles, nos Estados Unidos, com graduação em Economic and Social Research Planning; entre 1970 e 1974, cursar direito na Universidade do Rio de Janeiro, e também conquistar Licenciatura em Filosofia, Ciências e Letras.
Padre Vieira também foi deputado federal nos anos de 1960, quando teve o mandato cassado pelo famoso AI-5, peça funesta da era militar, assinada pelo governante General Artur da Costa e Silva.
Os debatedores também revelaram que o Padre Vieira era um irreverente. Constantemente inconformado com a situação social, especialmente do homem sertanejo, escreveu artigos em jornais de grande circulação evidenciando a realidade cruel dos fatos que envolvia a população menos favorecida. Para se livrar da perseguição do sistema, se escondia atrás de pseudônimos como “Beneditto Antônio Teixeira” e “Vulpiano Xerez”.
Segundo Dagoberto Diniz, uma das maiores expressões de capacidade do Padre Vieira, foi quando, ao prestar vestibular para o curso de direito, a sua redação foi escrita em grego, língua estrangeira da qual era professor.
Também nos anos de 1960, com a matança indiscriminada de jumentos para a venda da carne do animal para o exterior, o Padre Vieira, insatisfeito, enfrentou uma luta polêmica, e por tamanha defesa do animal, ficou conhecido como “o padre do jumento”.
Dr. Hélio Batista, entrou na vida particular do vigário, ao afirmar que o Padre Vieira gostava de uma boa cachaça e de conversar com pessoas simples. “Ele tinha como entrar no Congresso e nas cozinhas das residências da mesma forma” – disse.
A preocupação do jornalista Bruno Siebra e do radialista Marcos Filho é com a obra do Padre Antônio Vieira. Os livros escritos por ele não se encontram à venda. A sugestão apresentada é que possa ser criada uma forma de reeditar os livros do Padre Vieira.
Maria Hélia revelou que há escritos inéditos do Padre Vieira. Peças literárias ainda cruas, com a marca das máquinas de datilografar.
Marciano defendeu a obra do Padre Vieira como leitura obrigatória para a nova geração, já que se trata de uma verdadeira fonte de conhecimento.
O Museu
Várzea Alegre deve ao Padre Vieira um espaço para a conservação das suas obras e perpetuação da sua história.
Essa dívida só será quitada com a realização de um último desejo do padre, que era a construção do Museu Padre Vieira. Inclusive, já houve uma tentativa de estabelecer em Várzea Alegre o museu do Padre Vieira.
Tendo como entusiastas o secretário de Cultura do município, Dr. Hélio Batista, e o vice-prefeito da cidade, Tibúrcio Bezerra, uma casa chegou a ser alugada na rua central da cidade para receber o acervo do Padre Vieira. Mas, por desencontros de ordem econômica e interesses particulares, o fato não se concretizou.
O sonho do padre precisa ser realizado, até porque ele deixou condições para esse fim, uma vez que possuía uma propriedade em Messejana - Fortaleza, onde morava, para que, após a sua morte fosse vendida e o seu museu erguido.
Segundo informações, a casa deixada pelo padre está avaliada em mais de oitocentos mil reais, dinheiro suficiente para cumprir o objetivo de ativar o museu.
Enquanto o museu não chega, o acervo do Padre Vieira vive de favores, encostado em um canto de uma residência.






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